sexta-feira, 19 de agosto de 2011

E se o amor é como pintar fora da linha? E se o amor significa pintar mal os lábios, pintá-los mais acima, como se eles fossem realmente maiores, ou porque se tem uma dioptria no olho esquerdo e consegue-se pintar mal o lado direito? E se o hábito que os faz pintar, torna a maquilhagem numa cena tão bonita como um quadro de arte abstracta? Porque não pintar a cara? Por que razão não amar, perguntam vocês caros leitores. Digo-vos que não há razão para não se poder pintar os lábios, pois eu ontem pintei-os e fui para a cama. A mim pouco me importa se a verdade é matemática, ou se a verdade tem-me fascinado pouco ultimamente, se a verdade se tornar agora sinónimo de vida. Dizia por aí uma música ambulante que vim parar a este sítio de forma matemática, porém tenho muita pena é que a maneira como reajo por vezes, caros amigos, seja de forma tão insignificante que algum cálculo se daria ao luxo de gastar os seus números. E se o nosso amor nos quer dizer que poderia ser outro, se a variável tivesse sido outra? Bem, já estou como o outro, poder podia, mas não era a mesma coisa. Sinceramente, nada me parece matemático quando estou em véspera de exame. Se bem que ter feito a cadeira de lógica II com melhor nota que a de Lógica I me fez pensar que alguns obstáculos na minha vida me passariam ao lado mas não é o meu espanto quando reparo numa bela cicatriz na mão direita. Pois é, até a mim me desiludo, não é só a vocês. Pensei até em tatuar o nome dessa cadeira no braço, mas adiante, falei nesta cadeira a propósito: Caros lógicos experimentem traduzir o meu texto em linguagem formal. Para mim seria uma bela experiência. Sim Polly Jean Harvey, isto sim, seria desejo suficiente de algo. Pois parece que o meu amor de repente se transformou num cálculo. Bem, se nada do que digo está correcto, não me importo, temos sempre uma maneira de descobrir a validade. Pelo menos, foi isso que entendi. Este discurso parece evidentemente desinteressante, mas continua a interessar-me por um certo sentido, esse sentido chama-se presente do presente, chama-se alguma naturalidade e espontaneidade naquilo que me está a passar pelo pensamento. (sim, acho que é aí que passa), e se fosse pelas mãos? (eu sei caros leitores, já tinha dito isto antes). Preferia mais ingenuidade e menos matemática quando se trata de emoções, se faz favor. And that’s all