sexta-feira, 18 de novembro de 2011

notas

O caos instaurou-se na minha cabeça, como se nunca antes tivesse acontecido. Sinto que não consigo aguentar por muito mais tempo estes pensamentos enevoados numa tarde de verão quando, ao mesmo tempo, ideias luminosas parecem cair no abismo, e eu procuro o abismo e encontro meias rotas passadas, que não servem para merda nenhuma. Ah! fosse eu conseguir organizar este caos como arrumo o meu quarto, conseguisse eu puxar as minhas orelhas como as que puxo da cama, fosse a minha mãe, autora de tal expressar, conseguir perceber o que sinto. Fosse toda a gente junta, e mais alguma, perceber que me sinto ansiosa, que todos os pensamentos me atacam num só milésimo de segundo, enquanto leio, enquanto penso, enquanto penso no que li e no que ainda não li, enquanto escrevo o que tenho de escrever, sem pensar no que tenho para fazer. Preciso de descansar, não de dormir. Preciso de descansar sim, de respirar, oh quase nem respiro, neste enleio desenfreado. O caos instaurou-se no chão, agora no chão e eu sinto-me uma merda, pronta a deixar para a amanha o trabalho que deveria ter feito, ai meu querido anonimato quanto tu me custas! Paixão pelos estudos execrável que me ataca mesmo de surpresa, mesmo no romper da noite, falo e penso com muitas pessoas que nunca pensaram comigo. Falo e penso com muitas pessoas que nunca pensaram comigo.